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Mas, sem querer defender estes ordinários, vejo cada vez mais mulheres a usar homens como objectos também, só não o fazem de forma sexual. Minhas amigas, quando saem com homens por causa do dinheiro deles e de todo o status que isso vos pode trazer, estão a usá-los como objectos também.
E atrevo-me a ir ainda mais além. Muitas vezes, as mulheres que só pensam em namorar e ter um relacionamento sério também acabam por ver os homens como objectos - objectos para as suas fantasias de namoradas e de casalinhos perfeitos. A personalidade daqueles homens nem interessa, eles são automaticamente, aos olhos destas mulheres, namorados em potencial.
E quanto às meninas que ficam revoltadas porque foram para a cama e o tipo não ligou no dia seguinte, a minha resposta é simples. MAS ESTAVAM À ESPERA DE QUÊ? Como é que se podem sentir usadas por alguém que mal conhecem? Pelo menos fazem um esforço para perceber por que é que ele não ligou?
Uma das coisas que mais me irrita é que queiram assumir uma relação comigo sem me conhecer, que se desfaçam em clichés sem tentar ver além do óbvio. Pessoas desesperadas por relacionamentos sérios, acabam por se envolver com qualquer pessoa, com a primeira que aparece, mas isso não é gostar do outro, é gostar de ter alguém. Conheci há alguns meses um tipo que me adorava depois de ter passado uma tarde comigo. Hoje provavelmente nem se lembra do meu nome (e para ser sincera, raramente me recordo do nome dele também).
Do mesmo jeito que muitos homens só nos querem comer, muitas mulheres (e alguns homens também) só querem uma relação, seja com quem for, e ambos os tratamentos transformam a outra pessoa em objecto. Mas moralmente, sexo é mau e namoro é bom. Quem quer apenas sexo, não presta; mas quem quer uma relação, sem sequer se dar ao trabalho de conhecer profundamente a outra pessoa, é uma pessoa de valor. (Mas que valor?) Devíamos namorar com quem gostamos, porque gostamos, e não porque a sociedade nos diz que devemos namorar.
Baseada nesta dualidade, já afastei da minha vida muitas pessoas extraordinárias... mas estamos sempre a aprender!