quarta-feira, 18 de abril de 2012

Combater a insegurança

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Pessoas que crescem em ambientes complicados e aprendem desde cedo a cuidar de si, aprendem também a atacar o que as ataca. Sempre mantive uma posição defensiva perante os contratempos da vida, mas se me sentir atacada respondo na mesma moeda. Por norma, não sou insegura, faço o que é preciso e não me dou tempo para grandes dramas. Resolvo os problemas como posso e sei, normalmente ainda antes de se tornarem efectivamente problemas.

No entanto, recordo três situações de insegurança, e em nenhuma soube como agir! Se me relaciono com pessoas que falam de jeito depreciativo ou que traem com frequência (mesmo que seja em pensamento) solta-se o monstro, e depois de se instalar a insegurança, o meu modo de agir passa a ser o ataque.

Tenho passado os últimos 4 ou 5 anos a tentar descobrir como atacar a insegurança, e cheguei a duas soluções: Uma é atacar com um martelo a cabeça de quem lhe deu asas (confesso que gosto desta, mas o sangue é difícil de limpar das paredes); A outra passa pela criação de uma mudança e a percepção dessa mudança. "Não se pode resolver os problemas utilizando o mesmo tipo de pensamento que usamos quando os criamos", até o Einstein concorda comigo. Perceber as causas, o processo em que a insegurança é criada e combatê-la antes de se tornar um problema deverá ser a melhor solução.

Mas o que fazer quando o pânico já está instalado e o monstro já assumiu dimensões tenebrosas?

Já me chamaram ingénua algumas vezes, mas eu acredito nas pessoas, e acredito na capacidade das pessoas mudarem quando realmente querem. O facto de fazermos parte de uma sociedade obriga-nos constantemente a fazer ajustes e pequenas adaptações. (Então por que é que eu ainda não resolvi os meus problemas?)

Num relacionamento, a insegurança leva inevitavelmente à discussão, e se existe insegurança numa das partes, toda a relação está em apuros (é só uma questão de tempo). É errado pensar que a culpa é do outro quando os medos e traumas vivem dentro de nós. O outro não tem o dever (nem a capacidade) de nos tratar, apesar de poder, normalmente através de simples ajustes,  moderar comportamentos e transmitir mais confiança. É importante ter sempre presente que uma relação entre duas pessoas deve sempre ser de partilha, e não de dependência.

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