quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Regresso a Casa

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Passaram-se mais de 2 anos desde a última vez que escrevi. Devo um pedido de desculpas a todos os que me acompanhavam por aqui. A vida dá tantas voltas que acabamos por nos perder numa rápida translação de acontecimentos que nos levam a navegar por outros mares.

Mas voltei, e cheia de histórias para contar!

Hoje vou falar-vos da importância de ter uma casa. Uma vida agitada e cheia de histórias e aventuras é rica, mas não é menos importante ter um sítio, uma pessoa, um animal, algo que nos faça sentir em CASA, e compreender o verdadeiro significado de ter uma CASA.

Ás vezes, estar em casa é ter alguém que babe a almofada enquanto dorme e que, ao cordar, olhe para nós e nos faça sentir bonitas, mesmo com mau hálito e o cabelo despenteado.

Estar em casa em ter um lugar único que nos faça sentir sempre em segurança, para onde possamos correr depois de um dia complicado de trabalho. Ter uma casa, é ter um lar, e nem todos os lares são feitos de tijolos. O meu é feito de sorrisos, de um sorriso em especial que consegue colorir os dias de inverno, e dar um novo significado à palavra FELICIDADE.


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Amores improváveis

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É só para dizer que improvável não é impossível. E só porque é improvável, não significa que não seja muito mais possível do que muitos amores prováveis. Como se o amor se regesse por leis de probabilidade...!

Às vezes, o melhor mesmo é mandar f*der o mundo e seguir o coração. O amor é aleatório, é mágico, e às vezes, trágico, como diz a canção. Mas amor é amor, seja provável ou não!

É tudo, por hoje.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Desabafos de um quase-amor

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A dor é grande demais para caber no peito e as lágrimas parecem cócegas, não representam uma ínfima parte do meu sofrimento. A alma dói e ecoa a vazio, e o que resta está dilacerado pela solidão. As palavras não bastam e gastaram-se no tempo, e ficam apenas os ecos do que podia ter sido... mas nunca foi.

E a insuficiência dos quases aperta-me a garganta de tal modo que nem os gritos de dor saem. E está tudo dentro de mim, menos tu. Eras perfeito demais para existir tal como eu te via.

Iluminavas o mundo com a tua parvoíce, e eu aplaudia, com o coração aos pulos e a alma em êxtase. Entranhaste-te na minha pele como uma carraça e arrebataste-me.

Vão haver muitas primaveras, e muitos sorrisos, e muitos raios de sol, e muitas gargalhadas, e muitas lágrimas de felicidade... mas tu não tens nada a ver com isso. Não passas de um quase-amor. O mais apetecível quase-amor.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Quando o amor é um vício

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Quem nunca se viciou em alguém? Mesmo sabendo que a pessoa não é a indicada, ou a situação não é apropriada, não há forma de afastar de vez aquela pessoa, e parece que por mais voltas que a vida dê, acaba sempre por nos regressar aos braços.

Mas refiro-me a vícios mesmo. Ao que acontece quando a situação se torna doentia.

Li um artigo sobre dependência emocional para tentar perceber até que ponto é saudável ser "viciado" em alguém, e onde começa o distúrbio emocional. O artigo relata algumas formas de dependência e as características de pessoas associadas a essas dependências, que passo a resumir.

Dependentes de amor obsessivo
- Indisponíveis emocional ou sexualmente, ou seja, são pessoas casadas ou numa relação com alguém.
- Têm dificuldade de comunicar-se, distantes, abusivos, controladores, ditadores, egocêntricos, egoístas.
- São viciados em alguma coisa fora do relacionamento, tal como hobbie, drogas, álcool, sexo, outra pessoa, jogos, compras, etc.

Co-dependentes  de viciados em amor obsessivo
- Sofrem de baixa auto-estima e têm uma certa forma previsível de pensar, sentir e agir.
- Por causa da insegurança e baixa auto-estima, tentam desesperadamente prender a pessoa e "salvá-la".
- Montam vigilância cerrada, controlam de maneira passiva ou agressiva e aceitam o abuso.
- Em geral farão de tudo pelo parceiro na esperança de ser retribuídos.

Dependentes de relacionamentos
- São pessoas cujo amor já acabou, mas que se recusam a deixar o parceiro ir embora.
- Normalmente são tão infelizes que o mau relacionamento acaba por afectar a sua saúde física, emocional e espiritual.
- Mesmo que os parceiros os espanquem e corram risco de morte, não os deixam ir. Sentem muito medo da mudança que causará o rompimento e a solidão.

Dependentes de amor narcisista
- O narcisista não tolera qualquer coisa que interfira na sua felicidade.
- São muito egoístas e sua baixa auto-estima é mascarada pela sua mania de grandeza.
- Por aparentarem não estar nem aí para o relacionamento, parecem ser distantes e indiferentes. Eles não aparentam ser viciados, mas se alguém tentar abandoná-los eles entrarão em pânico e usarão qualquer artifício ao seu dispor para prender a pessoa no relacionamento, incluindo a violência.

Viciados em amor ambivalentes (que têm dois valores)
- Sofrem de transtorno de personalidade ou anorexia emocional.
- São ambivalentes porque anseiam desesperadamente por amor e ao mesmo tempo estão aterrorizados com medo de uma possível intimidade e, convenhamos essa é uma combinação angustiante.
- Querem amar, mas têm medo de se envolver.
- Costumam sabotar, ou seja, dar um jeito de acabar com os relacionamentos quando eles começam a ficar sérios e surge a intimidade, quando a coisa caminha para um compromisso mais sério.
- Sentem-se bem apenas quando estão com alguém indisponível.

Algumas pessoas descrevem o VÍCIO de amor ou paixão como uma crise de abstinência, como aperto no peito, taquicardia, respiração ofegante, alteração de sono e do apetece. A inquestionável verdade é que estes amores são doentios, fazem mal, mas, como todos os vícios, são difíceis de deixar. Mas lembrem-se: difícil não é impossível.

domingo, 18 de novembro de 2012

Desprende-te! Tem de ser.

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O teu toque já não me causa arrepios, os teus defeitos já não são tão atraentes como eram. Martini com a raparigas tornou-se muito mais agradável do que a tua (que costumava ser quente) companhia. Os teus beijos passaram a ser apenas uma forma de estragar o meu batom.

Não mintas, os teus olhos insatisfeitos denunciam-te. Também estás infeliz.

Não precisamos de continuar nisto, sabes?! Podemos sair e deixar o filme a meio. As nossas tentativas não foram suficientes e esta relação já me roubou o sorriso. E ninguém deve viver sem o sorriso.

Faltaram palavras, e actos, e surpresas. Faltaram aqueles momentos de cortar a respiração. Sobrou o tédio. Não florescemos na Primavera, e agora já é Outono, e sabes que gosto de ver as folhas cair, mas não quero vê-las contigo.

Vamos despedir-nos do tédio e apanhar boleia rumo ao infinito com algo novo. Não é o fim do mundo, é apenas uma despedida... apenas mais uma. Desejo que sejas feliz, porque eu vou ser, e não quero sentir-me culpada por isso. Alimenta a tua alma. Arrisca. Abre a porta e sai. Do outro lado deve ser melhor. Tem de ser melhor.

sábado, 17 de novembro de 2012

De menos ou de mais?

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Quantas vezes achamos que alguma coisa não nos serve porque "não é o que tínhamos em mente", não aconteceu como nós achamos que "devia" ter acontecido, está fora dos nossos planos...?

O ser humano tem medo de tudo aquilo que desconhece, de tudo o que o ultrapassa. Grande parte das pessoas rejeita o que está fora dos padrões da normalidade, porque parece perigoso e arriscado. Mesmo os mais corajosos, adeptos de grandes aventuras e de correr riscos, acabam por ser mais reservados numa ou outra área da vida.

Será que todas as vezes que consideramos que alguma coisa não nos bastava, é porque era insuficiente para  nós, ou será que rejeitamos porque era grande demais? Será que isto acontece com o amor? Será que não conseguimos amar quando a paixão é intensa demais e nos cega ao ponto de nos fazer pensar que não há mais nada além da paixão? Será que se pode desejar de forma tão avassaladora, que todos os outros sentimentos acabem por ficar à sombra desse desejo? Será que, numa situação destas, há desejo de mais ou amor de menos? Será que há quantidades certas para se sentir?

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

E viveram felizes para sempre...

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Ser feliz para sempre... Não é o que toda a gente quer?

Encontrar o balanço perfeito entre o amor e a paixão não é fácil nem acontece com toda a gente. Se calhar, é daquelas coisas que pode acontecer uma vez na vida, ou mais algumas, se tiveres sorte, mas também pode nem acontecer.

Às vezes questiono-me: o que acontece depois do "felizes para sempre"? Segundo as histórias que nos contam desde o berço, o estado "felizes para sempre" começa com o casamento. Mas porquê? Não pode ser de outra forma, sem termos de seguir regras e ordens hierárquicas que nem sequer foram decididas por nós?

Quando conheci o M, ele disse-me que seria um péssimo namorado e sugeriu-me que fossemos amantes. Só a palavra já me ofendeu. AMANTE? Eu? Talvez por nem saber o que significava ser amante, sabia que não queria, queria ser namorada. Nos primeiros 3 meses seguimos as regras dele, e fomos amantes, nos seguintes tornamo-nos namorados, como eu precisava.

No tempo que fomos amantes, viajamos, subimos montanhas, tivemos jantares de sonho, dançamos tango, fomos a muitas festas, conhecemos muitas pessoas, bebemos martini, passamos horas a falar e a apontar lanternas para o tecto, passamos noites ao luar, a olhar as estrelas, tornamo-nos muitas coisas, mas especialmente grandes amigos... todas as vezes que precisei dele, ele esteve comigo.

Quando passamos a ser namorados, tínhamos mais estabilidade, mais segurança, mas mais pressão exterior também. Comecei a pensar no futuro, tão preocupada em começar a "ser feliz para sempre" que nem percebi que já era. Por estarmos numa relação, ele deixou de fazer as coisas que fazia quando éramos amantes, quando tinha de me conquistar e surpreender todos os dias.

Talvez o amor funcione melhor a dois, talvez as convenções sociais não devessem ter tanta importância, talvez cada casal devesse encontrar a sua forma de existir... Talvez ter um amante, melhor amigo, cúmplice seja melhor do que ter um namorado, e talvez se torne marido melhor... ou talvez nem precise de ser um marido para fazer alguém "feliz para sempre". Sempre fui criativa, sempre fiz tudo à minha maneira, e acabei por cair na armadilha do "dever ser" do amor e da felicidade.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

"Nunca amei ninguém"

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Comecei recentemente a ver o Sexo e a Cidade. Nunca tinha visto a série, apesar de já ter sido transmitida na TV há algum tempo. Entre amores e desamores, dei por mim a contar os meus, que não se pode dizer que sejam poucos.

Quando o assunto é amor ou, principalmente, a falta dele, gosto de conversar com o S... e foi o que fiz depois de um "date" fantástico e meia dúzia de episódios da série.

O S acredita que o amor é incondicional, que é "dar o pescoço por alguém", que não tem volta a trás, mas nunca amou (romanticamente) ninguém! Dou a mesma consideração à opinião sobre o amor de quem nunca amou como a assuntos de sexo por virgens. Podem até convencer toda a gente, mas falta a experiência... bem... falta TUDO!

Confessou-me que em 30 anos de existência, amou (e ama) apenas a mãe, o pai e os irmãos. Acho doce e absurdo ao mesmo tempo. Como é que se vive um terço da vida sem descobrir o amor? Quão triste será isso? Não sou defensora de ter um amor por semana, mas nenhum também não me parece "saudável" (ainda que seja mais seguro).

Admiro-me especialmente por ele ser um homem relativamente interessante, sociável, atraente e que gosta de experimentar a vida em todas as suas formas. Mas como é que se experimenta a vida sem experimentar o amor?

Pensando mais profundamente sobre o tema, encontramos o elemento comum a todas as pessoas que ele ama: são pessoas PRÓXIMAS, com quem ele passou parte da vida. O amor precisa disso, de convivência, envolvimento, partilha de experiências e emoções, a full time. Não se deixa de ser filho nem irmão, é para sempre e está sempre lá... mesmo quando nos irritamos com as pessoas que amamos, não temos opção senão continuar a amá-las porque não as podemos apagar ou substituir. E isto é o extremo oposto da postura do S com o romance: sem entrega, sem partilha, sem proximidade, sem convivência.

O amor da família não se escolhe, provavelmente é só por isso que algumas pessoas amam e são amadas, porque não podem fugir. O amor romântico envolve escolha, nós percebemos quando nos estamos a envolver e conseguimos evitar... talvez por isso algumas pessoas o evitem a vida toda, de forma voluntária ou involuntária.

Eu amo-me demais para me privar de uma vida em que não possa amar mais alguma coisa além de mim. Como já escrevi noutras bandas: "Um dia vais perceber que mais importante do que conquistar o mundo, é conquistar o amor de alguém disposto a conquistar o mundo contigo. O mundo por si só é um lugar solitário."

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Engolir?!

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Não! E nem vou usar o argumento das doenças transmitidas através do sexo oral, no meu caso, é nojo mesmo. Que posso fazer? Sou nojentinha! Não o faço, não quero, não me apetece! Não tenciono levar o sentido de comer alguém tanto à letra.

Não conheço nenhuma mulher que o faça por gosto, as muito poucas que assumem fazê-lo, fazem por vontade de agradar, mas não têm nenhum tipo de prazer em fazê-lo. Queixam-se do sabor ácido, do cheiro desagradável e da espessura "nojenta". (Palavras delas!) Obviamente haverá excepções, mas eu não as conheço.

Não entendo essas relações de submissão, nem sequer entendo o desejo de gozar na cara das mulheres. E não entendo nem aceito esse tipo de manipulação que alguns indivíduos fazem, com pedidos de "provas de amor", ou promessas de "ter em consideração" o acto, ou "medir a confiança e o companheirismo".

Mulher nenhuma deve fazer o que não gosta só para agradar ao companheiro. Alias, ser companheiro é perceber o que é desconfortável para o outro, e não fazer exigências ou cobranças.

Meninas, não se deixem manipular. Sexo é para ser fonte de prazer PARA OS DOIS. Não vale um estar em sofrimento para satisfazer o outro. Mas se gostarem de o fazer, então força nisso! Longa vida às pessoas cheias de coragem e vontade!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Amigos coloridos

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Desde que me lembro de mim enquanto mulher, sempre me recordo de dizer às minhas amigas "faz da vida um arco-íris, arranja amigos coloridos". É uma daquelas coisas que acabamos por dizer mais ou menos da boca para fora, que achamos engraçado, mas nem tem muito a ver com a nossa forma de viver.

Cada vez mais tenho pensado nisso. Depois de mais de 10 anos e arriscar em relações (sem grande sucesso, por culpa dos parceiros, claro está!) começo a ponderar se não está aí a solução para a minha vida amorosa.

Do amor, já me cansei de procurar, o romance está pela hora da morte e eu não tenho perfil de defensora de causas perdidas. É tentadora a ideia de ter companhia(s) sem ter de me preocupar... é tentadora a ideia de viver a vida como um homem. Sofre-se menos, vive-se mais. Vejo tanta gente infeliz em relações, que acho que o meu pote de ouro está escondido por outras paragens!

É caso para dizer que sou solteira e vou continuar assim... e alguém vai ter de ser FANTÁSTICO para mudar isso!

Intuição

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Dizem que a primeira impressão é sempre a correcta. Quando conhecemos uma pessoa e por alguma razão não vamos com a cara dela ou não nos inspira confiança, devíamos ficar por aí mesmo.

Não há nada que possa garantir a veracidade desta teoria, mas facto é que, todas as vezes que me "esforcei" para gostar de alguém, mais valia ter ficado quieta.

Nunca fiquei grande amiga de pessoas com quem não simpatizei à primeira vista, raramente me surpreendem positivamente e quando, por alguma razão, a intuição me diz que devo ficar longe de algumas pessoas, a vida mostra-me que estava certa. Quando a intuição me diz que o mundo está cheio de filhos da p*ta, não vale a pena contrariar, meus amigos! É a inegável realidade!

O 6º sentido feminino é mais poderoso do que imaginamos. Devíamos dar mais ouvidos a quem sabe sempre o que é melhor para nós: NÓS! Não é fechar a mente para com as outras pessoas, é abrir os olhos! Só abrir os olhos.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Reclamação feminina: mau sexo, muito mau sexo

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Tenho muitas amigas, que contam muitas histórias, de muitos romances e de muitas más f*das. Confesso que conheço melhor as queixas femininas, provavelmente os homens terão outras tantas, mas as mulheres andam muito insatisfeitas.

É a frequência que está muito aquém do desejado, o parceiro que termina antes dela começar, a falta de empenho, o egoísmo... O que se passa com os homens?

Refiro-me a casais cujas mulheres são lindíssimas, interessantes e cheias de vontade... mas cada vez mais frustradas por não terem companheiros à altura, por viverem com homens que não lhes querem tocar, ou que quando tocam, mais valia terem ido passear o cão. O que é que essas mulheres fazem? A maior parte finge orgasmos ou arranja amantes. É por estas e por outras que mais vale estar só do que insatisfeita na cama.

Neste século já não há lugar para egoísmo, falta de sensibilidade e de empenho. As mulheres esforçam-se para estar ao nível das actrizes porno, fazem coisas impensáveis para as gerações anteriores, mas alguns homens ainda não sabem que há mais no corpo da mulher além do óbvio.

Homens, para aqueles de vocês que dedicam parte significativa das vossas vidas a tentar levar-nos para a cama: PELO MENOS FAÇAM-NO BEM! Já não se aguenta tanta mulher mal comida! Esforcem-se mais um bocadinho.

A gaveta dele

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Como é que medimos a importância das pessoas na nossa vida? Com o passar do tempo, vamos conhecendo muita gente, coleccionando paixões e às vezes até temos dificuldade em distinguir o que foi realmente sério.

Na altura parece sempre tão intenso, mas quando passa, passa tão rapidamente que é como se nunca tivesse existido, e quando nos cruzamos com as pessoas que um dia foram parte da nossa vida, nem nos lembramos por que o foram.

Quando penso no passado, a balança da vida tende a dar mais peso ao que causou mais dor, mas só porque doeu mais, não significa necessariamente que tenha sido o mais importante.

Um destes dias, veio-me à memória a coisa mais séria que já fiz numa relação: cedi-lhe uma gaveta no meu armário. A ideia de ter alguém na minha casa, sufoca-me, mas quando lhe disse "podes deixar aqui as tuas coisas, o que quiseres" senti-me tudo menos sufocada. Anos se passaram, e ainda ninguém ocupou aquela gaveta. Às vezes penso que nunca o devia ter deixado...

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Vem-te (e não voltes!)

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Esta é a história do fim daquilo que podia ter sido uma relação, mas nem isso foi.

É impressionante como a nossa mente nos prega partidas. Pessoas que gostam de desafios e não aceitam perder, às vezes caem nestas armadilhas! Desde que me enrolei com ele, achei que me podia apaixonar - o que é raro - mas podia... até podia. Só que são precisos dois para dançar tango, e ele não caiu na ratoeira. Como não sou mulher de aceitar bem derrotas, decidi, de alguma forma, perder o meu tempo a fazê-lo apaixonar-se. Não aconteceu.

Esta é a história de como, depois de nos enrolarmos, decidimos ir às nossas vidas. É a história de como perdê-lo - aquilo que me pareceu um pesadelo no primeiro par de horas - se transformou no maior alívio que senti nos últimos meses!

Esta é a história de como a lógica vence qualquer partida mental que a carência possa pregar. E, no fim de contas, é a lógica que me diz que viver ao lado dele seria um inferno constante, por muitas razões, mas a maior é que ele não queria viver ao meu lado.

E sabem uma coisa? Dizem que se abre uma janela quando fechamos uma porta... eu já abri duas, e qualquer uma das vistas me parece mais alegre do que a que via da porta dele.

Ah, e pelo menos, desta vez dei a F*DA da despedida, e digo-vos, se eu andasse só atrás de um pedaço de carne, teria ficado com ele mais uns tempos! Mas isso é o que ele é. E eu não sou melhor nem pior, sou EU, e vou continuar a ser o que me apetecer, a apetece-me ser valorizada.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Sexo e mais nada

Hoje falei com um amigo, daqueles que mesmo estando noutro país é e sempre será o homem mais próximo de mim, talvez o único que me entende verdadeiramente.
Contou-me as aventuras sexuais, sempre e só aventuras sexuais. Que eu também gosto de sexo, não é novidade, mas... e não há mais nada? Não falta nada? Ano após ano, de sexo sem "nada". Disse-me ele que as mulheres não querem amor, não querem romance, não se querem envolver. Agora, as mulheres são como os homens sempre foram.

Sempre fui defensora da igualdade entre os géneros, inclusive no que respeita a sexo, mas assusta-me que também as mulheres estejam a perder o romantismo. Este sexo vazio que mais parece uma masturbação assistida, sem intimidade, sem carinho, sem entrega, tem cada vez mais adeptos, profundamente solitários, que vivem para "o momento".

Muitas seriam as palavras que eu podia escrever sobre isto, mas vou apenas deixar o meu luto, porque dia após dia, tenho reparado que posso ter errado ao criar este blog. Já não sei se o romance está vivo. Parece-me que está a morrer um pouco mais a cada dia. Aqui fica o meu luto ao amor.

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