quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Desabafos de um quase-amor

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A dor é grande demais para caber no peito e as lágrimas parecem cócegas, não representam uma ínfima parte do meu sofrimento. A alma dói e ecoa a vazio, e o que resta está dilacerado pela solidão. As palavras não bastam e gastaram-se no tempo, e ficam apenas os ecos do que podia ter sido... mas nunca foi.

E a insuficiência dos quases aperta-me a garganta de tal modo que nem os gritos de dor saem. E está tudo dentro de mim, menos tu. Eras perfeito demais para existir tal como eu te via.

Iluminavas o mundo com a tua parvoíce, e eu aplaudia, com o coração aos pulos e a alma em êxtase. Entranhaste-te na minha pele como uma carraça e arrebataste-me.

Vão haver muitas primaveras, e muitos sorrisos, e muitos raios de sol, e muitas gargalhadas, e muitas lágrimas de felicidade... mas tu não tens nada a ver com isso. Não passas de um quase-amor. O mais apetecível quase-amor.

2 comentários:

  1. Muito bonito seu texto. Não parece um quase-amor parece amor mesmo.

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  2. Isto foi-me quase tirado do peito. Não consigo contar as vezes que esse que esses pensamentos me assaltam.
    Beijinhos :)

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