sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Mudam-se os tempos, mudam-se as necessidades

Fonte
O assunto mais comum entre as mulheres é a "falta de homens decentes para namorar". A reclamação já não é nova, mas o número de mulheres a reclamar é crescente. Já me questionei se estaremos a procurar no lugar certo, pois sei que os homens se têm queixado do mesmo.

É natural que se demore algum tempo até encontrar alguém que se ajuste a nós, de entre esta infinidade de possibilidades.

No tempo das nossas avós, era mais óbvio: a mulher dependia do homem para trazer sustento à casa; o homem dependia da mulher para cuidar da casa, da comida, da roupa, dos filhos. Mas bem-vindos ao progresso! Agora as mulheres sustentam-se a si próprias e os homens têm máquinas de lavar roupa e sabem cozinhar!

Isto parece o fim do amor, mas devia ser a porta para um amor mais verdadeiro, mas sincero, mais desinteressado. Hoje em dia, para estar com alguém é preciso muito mais do que a necessidade, é preciso QUERER. É preciso desejar e ter a capacidade de se abrir e entregar a outra pessoa por opção. O problema é que nem todos estamos prontos para isso. Alguns procuram apenas corpos, momentos, sexo. Outros procuram um exemplo surreal e inexistente de mulher/homem, e não se querem entregar até encontrar essa fantasia. E desejamos sempre mais o que não podemos ter, o que não existe.

E nessa espera pelo príncipe/princesa perfeito(a), não damos oportunidade aos outros, aos de verdade, nem a nós mesmos. Estamos cada vez mais exigentes, não aceitamos os outros como eles são, e nem somos capazes de enxergar os nossos defeitos. E também falta vontade, de dar, de se dar, de partilhar. É mais fácil viver com as "múltiplas possibilidades" de ser solteiro e dar prioridade à carreira profissional do que se entregar a outra pessoa.

Pois... estar numa relação não é fácil, exige aprendizagem, crescimento, evolução... mas parece que o individualismo doeste século nos leva a preferir crescer sozinhos, isolados. O egoísmo dita as regras e grande parte das pessoas não quer mudar, não se quer entregar, não se envolve, tem medo. Medo de falar, medo de sentir, medo de falhar. Acredito que todos temos medo, principalmente depois de nos terem partido o coração em relações anteriores, mas privarmo-nos de relacionamentos por causa disso é deixar de viver, privar-se de novas experiências, novas descobertas, novas vitórias.

Onde é que isto nos leva? A uma onda de relacionamentos que terminam antes de ter a chance de começar.  A uma infinidade de pessoas tristes, depressivas, profundamente sozinhas, mesmo que rodeadas pelas agitadas multidões das maiores cidades. É preciso reaprender a viver, a entregar-se, e assim, a amar.

Carta Aos Homens de Hoje (por Casal sem Vergonha)

Fonte (foto)
Visto aqui, num portal brasileiro destinado aos homens. Tinha de ser partilhado.

"Vem aqui. Vamos conversar. Calma, você não precisa dizer que odeia DRs porque isso é o que se espera dos homens com H de verdade. Homem que é homem não fica filosofando sobre e nem dando atenção às picuinhas oriunda das férteis mentes femininas – não é o que seus amigos diriam?

O fato é que andam dizendo por aí que você e seus parceiros machos estão mais perdidos do que quando tentam encontrar a margarina camuflada na geladeira. Vocês vinham ali, tranquilos, peneirando a farinha enquanto a mulherada chegava com o pão quentinho. Porque antes, pra ser um homem de respeito, bastava ser o provedor do arroz com feijão de cada dia. Bastava ter uma caranga decente. Bastava não chorar na frente dos brothers.

Quem iria imaginar que elas, entre uma receita de pudim e uma troca de fraldas, chegariam lá. Passaram a ganhar tanto quanto vocês. Se o homem não estava disposto a cuidar dos filhos, elas se multiplicaram como mulheres maravilhas – cuidaram da casa, da cria e da empresa. Em troca, ganharam liberdade que um dia lhes foi negada. O porto seguro do macho tradicional havia desmoronado.

Mas calma, isso, meus caros, não significa que elas lhes querem mal – e nem que não te querem mais, como diria Lulu Santos. Elas apenas estão em busca de outras coisas, já que já podem assinar o cheque e dirigir sozinhas. Sim, elas já podem pagar suas contas, mas não é por isso que não querem mais a presença masculina em suas vidas. Confesso, algumas se pudessem virariam lésbicas para poder lidar com seres mais semelhantes, mas como orientação sexual não se escolhe, vocês ainda são desejados. E muito. A gente conta como:

Sim, elas gostam de sexo hard. Mas não daquele sexo no estilo coronelista deite-que-vou-lhe-usar. Muitas vezes elas querem mesmo que você seja dominante – mas só porque sabem que é brincadeira. No fundo no fundo estão conscientes que, se quiserem, elas ditam as regras do jogo. E somente a pegada forte não basta – elas querem o combo completo – alguém interessante na cama e fora dela.

Elas adoram o corpo malhado do professor da academia mas se ele estraga tudo quando abre a boca, o tesão logo despenca mais rápido do que peito de vó sem sutiã. E elas não se conformam com a limitação masculina de se contentar somente com um peito ou uma bunda redonda. Se for só isso então, que chato.

Elas ainda se derretem com flores mas se elas chegam sem cartão perdem 90% da graça. Elas sabem que se quisessem mesmo uma flor pra enfeitar a sala, poderiam ir na floricultura da esquina e comprar uma a qualquer instante. Teria o mesmo valor.

Elas abominam caras mimados que foram criados pela mãe com maçã raspadinha mas seus olhos brilham diante de caras sensíveis. Porque homens sensíveis se identificam com uma parte do universo delas e, portanto, se tornam mais interessantes. De que adianta assistir Marley & Eu acompanhado se o cara do lado te pede pra passar mais um pedaço de pizza de calabresa bem na hora em que o cachorro está sendo enterrado?

Elas acham bacana quando você paga a conta, mas somente quando percebem que você o fez por gentileza, e não porque quer quer ela faça um deep throat mais tarde. Assim como elas gostam de retribuir e pagar a conta em outras vezes porque – afinal – ganham tanto quanto vocês.

Elas já sacaram que pro sexo ser foda – literalmente – não basta que ela seja gostosa e nem que você tenha um pintão. Querem sentir prazer sim – demoram o tempo que necessitarem pra gozar e admiram os caras que esperam o que for pra observar aquela cena. Elas também gostam de retribuir – sabem que boquete deixou há tempos de ser coisa de vadia e irão fazer um dos Deuses se acharem que você merece – ah e é claro, se você também tiver depilado a mata atlântica, afinal ela não admite mais ser a única vítima da cera quente.

Se foi bom, elas vão ligar no dia seguinte, não porque estão desesperadas para arrumar um marido e ter uma penca de crianças pela casa, mas porque se utilizam muito bem do seu poder de escolha e porque já enjoaram mais do joguinho do cu doce do que de banco imobiliário.

Elas tendem a se encaixar nesses itens que acabou de ler, mas não se surpreenda se encontrar representantes dessa nova geração feminina que fujam totalmente à regra – afinal, elas conquistaram o poder da liberdade e o honrarão com unhas (pintadas, somente se quiserem) e dentes. Cabe agora aos homens perceber que um bolso cheio sozinho não mais adianta de nada, e que se elas ainda pedem para eles abrirem os potes de azeitona é somente porque os acham fofos executando essa função."

Estou em completo acordo com cada palavra aqui escrita!

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Necessidades

Fonte
Ninguém me satisfaz. Mais de uma década de tentativas falhadas na busca de alguém que me conforte a alma e não deixe espaço para dúvidas, incertezas, satisfações, mas chega sempre o inevitável dia em que não aguento, sufoco na imensidão do vazio.

Não custa terminar, passado algum tempo ambos estamos num novo relacionamento e os mesmos enganos repetem-se, sem fim. Se calhar não paramos para reflectir sobre o tipo de expectativas que temos quando entramos num relacionamento amoroso. 

Tentei dividir as necessidades amorosas em 4 tipos: as fundamentais, as negociáveis, as absurdas e as impossíveis. As fundamentais são aquelas coisas que dão significado à relação: amor, parceria, lealdade, companheirismo, etc. 

As necessidades negociáveis estão relacionadas com os nossos gostos (como comida favorita, gosto musical, sítios a frequentar, local de férias...). São aspectos flexíveis que pessoas maduras conseguem negociar facilmente, fazendo convergir e funcionar no relacionamento. 

As necessidades absurdas são aquelas que, quando pensamos sobre elas, temos vergonha de as termos desejado! “Queria que ele me entendesse sem que eu dissesse nada“. Minhas queridas, telepatia está fora de questão! O amor não envolve nenhuma categoria de adivinhação! Senão, imaginemos que estes desejos se realizavam. “Queria que ele me desse sempre atenção!“ - conseguem imaginá-lo a olhar para a nossa cara 24 horas por dia?!  “Queria que ele estivesse sempre do meu lado“ - e pronto, lá andava ele, a seguir-nos para todo o lado, inclusive para o WC! Ahh! Amor de m*rda! Pois é, a melhor forma de saber se a demanda é absurda concretizar a fantasia!

As necessidades impossíveis estão na base de grande parte das desarmonias, frustrações e desentendimentos numa relação (e na vida). Por exemplo, “Queria que me amassem como eu sou“, mas como é que definimos o que nós somos, uma vez que somos seres mutáveis?! E o que é o amor, de facto? É possível que os outros amem inclusive o facto de agirmos de modo egoísta e cruel nos nossos piores dias? “Queria que as pessoas me entendessem“, mas não conseguiria escrever um manual completo de procedimentos a meu respeito... e os outros também não! 

Assim parece óbvio por que vivemos tristes, insatisfeitos e frustrados nos nossos relacionamentos (e podemos até fazer da vida do parceiro um tormento!). De facto, não há bombeiro que consiga apagar os desejos deste inferno que eu criou... e como eu conheço muitas pessoas.

Dizem, que reconhecer o problema é o primeiro passo. Vamos ver quais serão os seguintes!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Amor, Sexo e o Pai-Natal

Nestes vinte e poucos anos de existência, tive duas grandes desilusões: a primeira foi quando descobri que o pai-natal não existe; e a segunda foi quando percebi que amor e sexo nem sempre estão relacionados.

Sempre acreditei que o conhecimento fazia de nós pessoas mais realizadas, até que concluí que há coisas que aprendemos que nos tiram ingenuidade, a mesma ingenuidade que nos fazia mais felizes.

Em ambos os casos, muito obrigadinha aos responsáveis por esta descoberta: à professora que decidiu dizer a uma turma de crianças de 6 anos que não existe pai-natal, e ao(s) sujeito(s)pronto(s) para f*der, mas não para amar! Vida longa às vossas gentis pessoas!

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