quarta-feira, 27 de junho de 2012

Fool me once…

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"Tantas vezes separados, os nossos sonhos. O acordar é impiedoso e a memória trai-nos demasiadas vezes para que possamos confiar nela. Os bilhetes imaginários foram-se acumulando na estante ao ponto desta começar a vergar por não suportar o peso das mensagens. Palavras tão pequenas, escritas à letra miúda de quem tem medo. Sublinhadas duplamente, contudo. A mensagem estava toda lá, entre essas linhas que contemplavam as palavras de baixo e que se sentiam felizes assim.

Um dia deixaste a janela entreaberta, para que o cheiro aborrecido das paredes, que apenas tu sentias, se escapasse pela ranhura que puseste no lugar do sorriso. Não adiantou. Aquele cheiro atormentava-te desde o momento em que entravas no pequeno cubículo a que chamávamos de casa.

Meia volta.

E nunca mais te vi.

Esperei-te sem nunca te procurar. Deitei fora os bilhetes nunca lidos, acumulados na estante.

Guardei só os sublinhados."


Este texto foi-me enviado por um ex namorado. Porque, como eu já disse, o meu ex é perfeito.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Dias maus

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Quando o objectivo é uma relação, temos de estar preparados para tudo. Nem todos os dias vão ser bons, nem sempre estamos bem dispostos e, como diz o cantor, todos temos um lado lunar. 

Este post é sobre a minha má disposição, a minha falta de paciência e delicadeza em certos dias, o meu cansaço causado por horas excessivas em frente ao computador, e o stress de quem trabalha diariamente com burocracias sem sentido.

Este post é a minha forma de te dizer que mesmo quando sou menos correcta contigo, gosto de ti da mesma forma. Que cada vez que chegas perto de mim, continuo a estremecer e arrepiar-me como da primeira vez que te beijei.

Então, se me sinto triste, não é por teres conhecido o meu lado mau, é por eu ter um mesmo contigo. A ti, só queria dar o mundo, mas o mundo, inevitavelmente, também tem um lado mau.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Juntando os trapos

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A vantagem de ter muitos amigos e conhecidos de diferentes idades e em diferentes fases da vida é que acabamos por aprender também com os erros deles.

Há perguntas que nos apanham de surpresa, e recentemente apanharam-me numa delas. "Por que é que eu não fui viver com o meu ex?"
A casa dele era fantástica, ele sempre se mostrou disposto até ter sido a solução aparente para o nosso maior problema: a falta de tempo. Mas mesmo assim, sempre nunca fez parte dos meus planos, nem mesmo a médio prazo.

Com base nos dramas que oiço diariamente, e nos exemplos de amigas e amigos que se arrependeram ao fim dos primeiros 3 dias, atrevo-me a dizer que viver juntos é muito mais do que juntas as escovas de dentes e partilhar um pizza, e decisões premeditadas costumam dar mau resultado.

E as reclamações são infinitas:
- "Não consigo dormir, ele ressona e mexe-se de 5 em 5 minutos." E agora?! Vais sair de casa ou passar o resto da vida a dormir mal?
- "Ela tem cremes em todo o lado, não tenho onde colocar as minhas coisas." Olha a novidade! É ela e uma vasta percentagem de mulheres!
- "Ele nunca está em casa e eu estou sempre sozinha." Mas não conheciam ainda os horários um do outro?
- "Não tenho tempo para mim." Bem... se vivem juntos é natural que o tempo em casa seja partilhado... se não conseguem desfrutar da presença um do outro sem se sentirem sufocados é, no mínimo, comprometedor, se pretendem passar o resto da vida juntos!
- "Ele só pensa nele." Pois... e agora?
- "Eu odeio massa e ela só sabe cozinhar massas." Mas a ideia era ter uma mulher ou uma cozinheira?
- "Não suporto os pais dele." Se vivem juntos, é normal que os sogros apareçam de vez em quando! Estranho seria se nunca aparecessem!
- "Ele não faz nada em casa e eu também não suporto tarefas domésticas." A partilha deve estar presente em todos os momentos, tanto nos bons como nos mais chatos, ou então, paguem a uma empregada, ora!
- "Ela nunca quer sexo." É fácil que haja vontade sempre que estão juntos se se vêem duas vezes por semana... mas se estão juntos todos os dias, vão haver dias em que um dos dois vai mesmo querer dormir!
- "Ele não me vê da mesma forma." Claro que não! Para quem estava habituado a ver a namorada sempre deslumbrante e passa a vê-la acordar, despenteada, sem maquilhagem e com mau-hálito, é claro que não a vê da mesma forma, vê-a como ela É naturalmente! Devíamos gostar das pessoas no estado natural...
- "Não sei o que quero para a minha vida". COMO é que se vai morar com alguém se não se sabe onde se quer estar dentro de 5 ou 10 anos?! Até pode não acontecer, mas devemos saber o que queremos antes de ir viver com alguém.

A meu ver, o problema é que as pessoas juntam os trapos sem conhecerem a outra pessoa mas, mas grave ainda, sem se conhecerem a si próprias.

sábado, 9 de junho de 2012

Intimidade

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Há coisas que simplesmente não conseguimos controlar: a intimidade é uma delas. Não vale a pena ter companhia para o cinema, mensagens de bom dia ou alguém a quem oferecer presentes no Dia dos Namorados se não houver mais do que isso.

Começo a acreditar que as pessoas que andam à procura do amor (que, no fundo, somos todos) andam a procurar da forma errada. Talvez devêssemos procurar a intimidade - aquela coisa indescritível de dividir vontades e revelar os segredos mais ocultos, aquelas coisas que não se contaria para ninguém - e ser capazes de abrir o íntimo ao outro (mesmo os lados mais obscuros).

Mas onde é que se encontram e como se criam estes íntimos? Pois... não se encontram nem se criam! Não adianta forçar intimidade com quem ela simplesmente não existe. Nem adianta dizer que se tem amigos íntimos se, em madrugadas de desespero ou insanidades não temos a quem ligar. Os íntimos são os que ligam no meio da noite para desabafar as dores do mundo no meio do sono dos outros, e não faz mal, porque são íntimos.

E a intimidade não tem a ver com sexo, nem com a capacidade de estar nu perante o outro. Não tem a ver com tempo e, quando existe, não deixa dúvidas. Intimidade é aquilo que nos permite deitar as máscaras fora e ser quem somos. Sorte daqueles que conseguem encontrar os seus íntimos.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

O Segundo Pedido de Casamento

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Já fui pedida em casamento em Paris, mas esta história é ainda mais surpreendente.

Conheci-o há alguns meses numa discoteca, e conto pelos dedos das mãos as vezes que nos vimos. Se acreditasse em amor à primeira vista, saberia que foi o que aconteceu. Sempre gostei dele e sempre vou gostar. Gosto de todos os defeitos dele, se isso não for (uma forma de) amor, o que será?!

A vida sempre nos fez seguir caminhos diferentes, ele tinha uma pessoa, eu fui tendo outras, mas ele sempre me dizia que eu era a mulher da vida dele. Nunca o levei a sério.

Uma noite ligou-me, disse que quer casar comigo e passou horas a convencer-me a deixá-lo vir encontrar-se comigo para me desenhar um anel no dedo. Eram 2h da manhã e não havia onde comprar um anel, por isso, só me daria o anel "a sério" no dia seguinte.

Não, não me convenceu. Boas notícias, caros leitores: continuarei a escrever-vos como solteira. Mas um dia, quando tiver netos, esta vai ser uma das histórias que vou contar com mais carinho.

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