terça-feira, 20 de novembro de 2012

Quando o amor é um vício

Fonte
Quem nunca se viciou em alguém? Mesmo sabendo que a pessoa não é a indicada, ou a situação não é apropriada, não há forma de afastar de vez aquela pessoa, e parece que por mais voltas que a vida dê, acaba sempre por nos regressar aos braços.

Mas refiro-me a vícios mesmo. Ao que acontece quando a situação se torna doentia.

Li um artigo sobre dependência emocional para tentar perceber até que ponto é saudável ser "viciado" em alguém, e onde começa o distúrbio emocional. O artigo relata algumas formas de dependência e as características de pessoas associadas a essas dependências, que passo a resumir.

Dependentes de amor obsessivo
- Indisponíveis emocional ou sexualmente, ou seja, são pessoas casadas ou numa relação com alguém.
- Têm dificuldade de comunicar-se, distantes, abusivos, controladores, ditadores, egocêntricos, egoístas.
- São viciados em alguma coisa fora do relacionamento, tal como hobbie, drogas, álcool, sexo, outra pessoa, jogos, compras, etc.

Co-dependentes  de viciados em amor obsessivo
- Sofrem de baixa auto-estima e têm uma certa forma previsível de pensar, sentir e agir.
- Por causa da insegurança e baixa auto-estima, tentam desesperadamente prender a pessoa e "salvá-la".
- Montam vigilância cerrada, controlam de maneira passiva ou agressiva e aceitam o abuso.
- Em geral farão de tudo pelo parceiro na esperança de ser retribuídos.

Dependentes de relacionamentos
- São pessoas cujo amor já acabou, mas que se recusam a deixar o parceiro ir embora.
- Normalmente são tão infelizes que o mau relacionamento acaba por afectar a sua saúde física, emocional e espiritual.
- Mesmo que os parceiros os espanquem e corram risco de morte, não os deixam ir. Sentem muito medo da mudança que causará o rompimento e a solidão.

Dependentes de amor narcisista
- O narcisista não tolera qualquer coisa que interfira na sua felicidade.
- São muito egoístas e sua baixa auto-estima é mascarada pela sua mania de grandeza.
- Por aparentarem não estar nem aí para o relacionamento, parecem ser distantes e indiferentes. Eles não aparentam ser viciados, mas se alguém tentar abandoná-los eles entrarão em pânico e usarão qualquer artifício ao seu dispor para prender a pessoa no relacionamento, incluindo a violência.

Viciados em amor ambivalentes (que têm dois valores)
- Sofrem de transtorno de personalidade ou anorexia emocional.
- São ambivalentes porque anseiam desesperadamente por amor e ao mesmo tempo estão aterrorizados com medo de uma possível intimidade e, convenhamos essa é uma combinação angustiante.
- Querem amar, mas têm medo de se envolver.
- Costumam sabotar, ou seja, dar um jeito de acabar com os relacionamentos quando eles começam a ficar sérios e surge a intimidade, quando a coisa caminha para um compromisso mais sério.
- Sentem-se bem apenas quando estão com alguém indisponível.

Algumas pessoas descrevem o VÍCIO de amor ou paixão como uma crise de abstinência, como aperto no peito, taquicardia, respiração ofegante, alteração de sono e do apetece. A inquestionável verdade é que estes amores são doentios, fazem mal, mas, como todos os vícios, são difíceis de deixar. Mas lembrem-se: difícil não é impossível.

2 comentários:

  1. Fico pensando em minha ex direto, já é a segunda vez que terminamos segundo ela porque o clima entre a gente acabou, mas meus pensamentos estão me deixando louco, sei que da pra superar o fim de uma relação, mais com ela eu não consigo... Estaria eu obcecado?

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  2. EU acho que estou extremamente viciado.. Acho que tenho necessidade de amar, e não é algo que eu possa controlar! Isso vai se alojando e tomando um espaço imensurável dentro de mim.. E quando me dou conta, estou vivendo a margem desse sentimento... durmo, acordo, respiro com isso! E me encaixo completamente no caso de amor ambivalente! Sempre tive total controle quanto a isso.. Mas ultimamente tem doido tanto!

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