sexta-feira, 6 de abril de 2012

Diário de uma amante

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Provavelmente o que mais abomino na Humanidade é a capacidade de trair. Estou consciente de como é difícil manter uma relação e não faço juízos de valor sobre quem trai - até porque cada caso é um caso e as causas das traições podem variar muito - mas eu não perdoaria uma.

Quando eu andava na universidade, tive um vizinho bastante interessante com quem tinha uma empatia fora do comum, o T. Quando nos conhecemos, rapidamente nos tornamos grandes amigos. Entre muitas horas de conversa, acabamos por nos apaixonar (pelo menos eu apaixonei-me!). Tenho a dizer em minha defesa que era jovem, ingénua e bastante limitada intelectualmente.

O T tinha uma relação com uma colega de curso que já durava há mais de 2 anos, mas eu não sabia, obviamente. Envolvemo-nos e lá chegou o dia em que ele me falou da existência dela. Disse que estava confuso, que precisava de pensar... e enrolou-me mais uns meses. Eu gostava muito dele e fui compreensiva, dei-lhe tempo para ele pensar no que realmente sentia e queria.

No dia do confronto, naquela dia em que o obriguei a tomar uma decisão, as palavras dele foram: "Tu mexes muito mais comigo, és mais atraente e gosto mais de ti, mas não a posso deixar." Obviamente que quem o deixou fui eu! Com remorsos, ele acabou por contar à namorada tudo o que se tinha passado, e ainda tive de levar com os olhares de reprovação dela durante meses. Como se eu tivesse culpa! Como se tivesse sido eu a traí-la!

Amigas e amigos que possam estar em situações semelhantes, afastem-se o quanto antes. Estes triângulos não levam a lugar nenhum e, ao contrário do que se pensa, muitas vezes quem se magoa mais são as(os) amantes, que acabam com o coração partido e sem nada.

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