terça-feira, 8 de maio de 2012

O amor (nem sempre) acontece

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Acredito que toda a humanidade vive à procura e à espera do amor. Alguns fazem disso a prioridade máxima, outros focam-se noutras áreas, mas sem deixar morrer a esperança de O encontrar. Mas a vida é feita de esperas, como se nunca pudéssemos ter o que queremos, quando queremos. E vivemos à espera... das férias, daquela festa, da hora de ir para casa, do fim do mês, do amor.

Quase acreditamos que um dia, miraculosamente, o amor da nossa vida vai acordar e perceber que não pode viver sem nós. (Mas que p*ta de lamechice!) E nesse dia, tudo se vai justificar, e vamos perceber por que é que nunca deu certo com mais ninguém. E nem interessa quantas desilusões já tivemos, inevitavelmente sempre chega o dia em que o amor desperta e gera essa reviravolta na nossa vida.

E pronto, o amor acontece, mas não é tão óbvio como nós pensamos. Vêm as dúvidas, as incertezas, e os 7 biliões de possibilidades lá fora que nos fazem questionar todos os dias se o nosso amor é mesmo o melhor de todos. E será que é uma questão de tempo?

Eu nunca acreditei que fosse preciso esperar. Não importa o quão especial a pessoa é, como a convivência é agradável, como os momentos são únicos, como são sinceras as gargalhadas... porque quando não há o clique, o amor simplesmente não vai acontecer. Claro que ele cresce com as horas de partilha, as conversas intermináveis, as viagens... mas ele surge por si só. Existe ou não existe. E ele vem por aquilo que as pessoas são, pelo EU + ELE, que gera um NÓS tão incrível e poderoso que se torna capaz de alterar as leis do universo.

Cada vez mais apercebo-me que se vivem as relações como uma troca. "Eu trato-o bem, faço o que ele gosta, e ele faz o mesmo por mim". Isto não é amor, é uma troca de interesses! Eu não quero dar o melhor de mim em troca de ser amada, eu quero que me amem apesar de eu ser como sou. Quero que me arranquem sorrisos quando estou insuportável, que cuidem de mim quando estou doente, que me abracem quando estou nervosa e a deitar fogo pelos olhos. Não quero relacionamentos cheios de esperas, de vírgulas e de reticências, até estarmos prontos um para o outro. No amor, não há impedimentos, limitações ou esperas. Não se devia esperar dias de sol para passear de mãos dadas no parque, devia viver-se no imediato, porque a vida é curta e o amor é espontâneo.

Amor é amor, sem contrapartidas, sem pressas, sem pressões. Amor é a escolha e a vontade de estar com alguém simplesmente porque sim, e apesar de todos os senãos. Amor é ter a coragem de aceitar e respeitar o clique, e tomar a liberdade de ser quem se é, sem esperas, sem pausas, sem medos.

1 comentário:

  1. Gostei! Bem dito, eu penso o mesmo e acho que já fui dos que procurei, já fui dos que nunca perdeu a esperança e agora sou dos que simplesmente vive um dia de cada vez.

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